sexta-feira, 17 de agosto de 2007

O que Sobrou do Ato - Quarta ímpar CB


Anteontem -15/8- em mais uma edição da inconfundível Quarta Ímpar, bandas de estilo único comandaram uma viagem de tormenta e calmaria, adocicadas pelas novas parafernálias do rock. Pedais, máquinas e traquitanas levando os bons e velhos instrumentos do rock a novos horizontes, para ouvidos de hoje. ! Tivemos também a grata presença de Wilson Farina (Banana Mecânica) e Lívia Martucci (Rock Público, São Carlos/SP), entre outras cabeças pensantes da pós-modernidade.


Gray Strawberries, precoce banda de Indaiatuba/SP, deu o chute inicial após o esquenta-esqueleto do DJ Thiago. O show abre logo de cara com um exercício coletivo de transe: "Something Between The Sun", tour de force instrumental de 17 minutos, turbilhão que vem aos poucos como o tornado que atingiu Indaiatuba em maio de 2006. Na sequência, belas canções altamente melódicas, numa linha eletro-rústica, com o vozeirão de Moisés evocando os espíritos de Slowdive, Swans, Jesus and Mary Chain. Luiz (batera e letrista) admitiu pra gente pouco antes do show ter também Jair Naves como uma de suas grandes influências pessoais.


Seychelles, banda paulistana do selo Reco-Head, fechou a noite com um show extraordinário: Fernando (guitarrista-cérebro do Seychelles e do Mamma Cadela) conclamou a todos para a cerveja, e deu-se início à celebração irrefreável. Migrando entre a introspecção poliobscura, extroversões grungeanas e um baixo-batera martelados à electro, o Seychelles mostrou ser uma banda ligada em curto-circuito com a atualidade sonora. Sonora e visual: no meio do palco, uma televisão com videotecagens ao vivo se esparramava por entre as ondas. Por cima de tudo um chantillly de letras politizadas e frescas, despachando os punks-modinha e os patrões pra algum lugar bem longe. Genial!

Domingo tem Seminal e The Vain em Pinda. E na próxima Quarta Ímpar no CB, uma festa de arromba com Seminal (EO!) e Lord Crossroad (direto de Cuiabá/MT) comemorando suas futuras participações no Festival Calango 2007. No piercas!

Texto chupado do blog do eO!

Um comentário:

Anônimo disse...

celebremos!