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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Lançamento de "Doidão" - Rock Rocket



Para saber um pouco mais sobre o novo álbum do Rock Rocket, fizemos o “sacrifício” de sentar num boteco, habitat natural dos caras, e conversar sobre os projetos, as parcerias e novidades da turnê. Visitamos o Cinesesc pra ver a estréia de “Doidão” na sessão Dark Side, primeiro vídeo clipe em um festival de curtas e que tem a participação especial de Zé do Caixão, que também deu as caras por lá.

Juntos desde de 2002, Noel (guitarra e voz), Alan (bateria) e Pesky (baixo) se uniram com o simples interesse de fazer boa música e se divertir. O som garageiro com fortes influências do rock and roll clássico ganhou participações especiais nesse CD homônimo, que você confere na entrevista logo abaixo.

Entrevista Rock Rocket

Estefani: Como começou a banda? O que é o Rock Rocket?
Noel: Agente começou em 2002 e gostamos de tocar.
Alan: Tem toda uma história de pederastia, osteopenia e outras coisas que não dá pra contar agora. (rs)

Estefani: Quais são as principais influências da banda?
Noel: Rock and Roll clássico e Punk Rock clássico também, como MC5, Stooges, Ramones, Clash. Essas coisas legais.

Estefani: Como surgiu a idéia de fazer o clipe de “Doidão”, um lance mais trash, lado B?
Alan: Agente já era amigo do Caco (diretor Kapel Furman). A idéia veio de “Cerveja Barata”, o Caco fez os sangues, era um clipe ao vivo e tal. Ele ouviu umas coisas da banda, achou legal e me ligou chamando pra fazer um clipe. Ele só trabalha com terror na verdade e já tínhamos a idéia de fazer um episódio de filme de terror.

Estefani: Vocês acabaram concorrendo ao 19º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo. Como foi isso pra vocês? É o primeiro vídeo clipe a concorrer, neh?
Alan: Isso é muito louco. É a primeira vez que um vídeo clipe entra em um festival de cinema. Mas, agente não contou pra eles que era um vídeo clipe. Agente mandou como curta. Se bem que é curta também, é clipe. Ah, o bagulho é meu eu falo o que eu quiser. Mas, foi legal, ontem agente foi na abertura do festival e entrevistamos o Wagner Moura e descobriu que o bagulho é maior do que agente imaginava.

Estefani: Qual a diferença do “Por um rock and roll mais alcoólatra e inconseqüente” pra esse novo álbum?
Alan: É que no primeiro agente falava mais de bebida e mulher e agora agente fala mais de droga e homem.
Noel: Esse disco esta mais da hora do que o primeiro. Pudemos gravar ele todo de uma vez só, demoramos um ano produzindo o disco. Agente gravava uma música em um fim de semana, depois gravava outra, pegamos vinte dias no estúdio e gravamos.

Estefani: Quais as novidades desse CD? O que os fãs podem esperar?
Noel: Nesse CD rolaram umas parcerias legais, o Jimmy do Matanza gravou a voz em uma música, o Zé Mazzei do Forgotten Boys gravou um solo de guitarra, o Perigo Picoto veio lá de Cuba, gravou uns abaduques. Enfim, rolaram várias participações.
Alan: Ele está super rápido, super pesado. Agente emendou uma música na outra, igual no show praticamente, super pancada.

Estefani: O que vocês estão ouvindo agora, de bandas novas?
Alan: Tem muita banda ruim, mas fora as bandas emo o resto é legal. O Zeferina Bomba é legal.

Estefani: O que o público pode esperar desse show? Falem um pouco sobre o lançamento.
Noel: Agente esta lançando o disco novo agora nessa quinta feira, no SESC Pompéia, na Choperia.
Alan: Vai ser bem legal, a festa vai ser muito foda. Tem gente convidada pra participar do show, preparamos toda uma introdução bacana, já preparamos ele inteiro.

Estefani: E quanto a turnê? Já esta tudo preparado?
Noel: Já tem show marcado em tudo que é lugar.
Alan: Claro, agente ta sempre pensando em fazer turnê. O lance não é lançar CD e fazer turnê, é fazer turnê e lançar disco. É fazer show, conhecer os lugares.
Noel: O lance mais bacana de tocar é fazer show, é o nosso objetivo máximo.

O show de lançamento no dia 28/08 (quinta-feira) às 21hs na Choperia do Sesc Pompéia você pode ver com promoção do Zona Punk.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Lançamento MOPTOP


18/08/2008 - Usando a popularização da internet como ferramenta de divulgação, a última década foi terreno fértil para o surgimento de bandas. Muitas delas disponibilizam material buscando espaço no concorrido cenário independente brasileiro. E é em meio a essas novas revelações que surgiu o quarteto formado por Gabriel Marques (guitarra e vocal), Rodrigo Curi (guitarra), Daniel Campos (baixo) e Mário Mamede (bateria). A banda Moptop, nome que faz referência ao corte de cabelo dos Beatles, surgiu em 2003 e tem como influência as bandas Franz Ferdinand, The Clash e Strokes. Com as faixas "O Rock Acabou" e "Sempre Igual", eles conquistaram notoriedade nacional e o site da banda foi indicado ao prêmio americano SXSW como um dos melhores na categoria música.
Depois da experiência crua e intensa do primeiro CD, eles se trancaram em Friburgo (RJ) por uma semana para gravar "Como Se Comportar", lançado pela Universal e produzido por Paul Raulphes. O novo álbum mantém a pegada indie e o rock and roll direto da banda, as faixas "Aonde Quer Chegar" e "História Para Contar" mostram uma fase menos agressiva, mas mais trabalhada e experiente dos caras.
Batemos um papo com Rodrigo Curi, guitarrista da banda no lançamento de "Como Se Comportar" em São Paulo.


Como foi gravar o CD?
Foi bem legal. Foi produzido pelo Paul Ralphes, a gente tinha gravado o primeiro com o Chico Neves, fizemos uma regravação da primeira demo e o segundo foi tudo novo, agente teve mais ou menos uns três meses para gravar todo o processo e a gente teve que parar com o que estávamos fazendo e ir pra Friburgo que é uma região serrana do Rio. Ficamos sozinhos lá numa casa que não tinha nada para fazer, só ensaiando, gravando uma semana lá e voltamos com uma demo. Agente conversou com a Universal, que se interessou e gravamos com o Paul Ralphes. O Paul foi uma pessoa ótima, ele é inglês então na hora de gravar era da forma inglesa, aí pegamos um estúdio no Rio de Janeiro que chama Companhia dos técnicos que é um estúdio de samba, mas ele tem um equipamento muito bom. O estúdio é tão legal que quando o Nirvana veio pro Brasil gravou umas faixas do "In Utero" lá, o The Police ensaiou lá também. Como é pra samba o estúdio é muito grande, cabia a banda inteira lá sem ficar vazando som dos microfones e a idéia dele era gravar um disco ao vivo, então agente ficou ensaiando uma semana com ele no estúdio da Universal, a nossa idéia era gravar ao vivo então agente queria que soasse bem ao vivo tudo tinha que funcionar bem com quatro instrumentos só.

Quais as maiores influências que vocês tiveram nesse novo CD?
A gente foi pra Friburgo justamente para se isolar desse tipo de coisa, para cada um mostrar suas influências mesmo, por exemplo, tem muita coisa do Dick Dale, em "Como Se Comportar" tem uma bateria muito surf music, tem muita coisa de clima faroeste meio cowboy ali, tem as coisas do primeiro disco, tem música brasileira também como Ultraje a Rigor, tem muito rock Brasil, a faixa “Bom Par” tem muita característica dos anos 80, fora as coisas que agente não sabe da onde vem.

O que vocês esperam desse CD novo?

O que agente espera é tocar, fazer show pra cacete.

Você acha que a internet facilitou agora para as bandas que estão começando?
Facilita um pouco. Agente toca no país inteiro, mas tem o lance da pirataria. A internet ajudou muito agente a chegar na Universal, agora acho que atrapalha um pouquinho, mas faz parte. Na verdade agente tem que se moldar a esse novo mercado. Mas, não sou contra a internet não, tive acesso a bandas que não ia conhecer nunca por lá.

Qual a dica para as bandas que estão começando?

Bota tudo na internet. A concorrência esta tão grande é complicado mesmo. Faz show para cacete, dá um veneno para mostrar o trabalho e tenta fazer um site, investir em internet por que é o meio de comunicação mais democrático, tem vários sites legais aí de bandas novas e vai fazendo show, mesmo que não seja tão legal assim já vai ganhando experiência.


texto por Estefani Medeiros
Fotos por Tariana Mara